quarta-feira, março 29, 2006

Contra-tretas I


sexta-feira, março 24, 2006

Lei de emprego... da Treta?



Recordo as estórias porque passei, na minha juventude, entre os 18 e 22 anos, quando no Verão trabalhava numa multinacional de gelados e em que a sazonalidade dos ditos e saborosos, obrigavam a um pico de produção.

Hoje, reprovando, compreendo de alguma forma esta lei que o governo francês decretou, que permite que qualquer jovem até aos 26 anos e nos primeiros 2 anos de travaille (bules), possa ser despedido sem qualquer justificação.

Nesse período da minha vida, trabalhava no turno da noite, pois o subsídio de turno era maior e também permitia que ás 7 horas da matina tivesse de saída e ás 9 horas na praia (em vez de na cama), após já ter tomado o pequeno almoço (para nós, lanche de «fim da tarde»), emborcando algumas imperiais e uns pasteis de bacalhau que contrastavam (e chocavam) os normais trabalhadores e trabalhadoras que ao nosso lado no balcão do café, tragavam a matinal bica e respectivo pastel de nata.

Seria suposto ás 3, 4 da tarde irmos para casa descansar e pelo menos trocar de roupa e tomar a bucha da manhã (noite? jantar?) porque ás 23 horas já tinhamos que estar na linha de produção embalando cornetos e epás aos milhares (milhões).

Pois acontecia que não poucas vezes báldavamo-nos, ou então íamos da praia directamente para o bules com mais uns pastelinhos e imperiais. Invariavelmente adormecíamos na linha de produção, e como não embalávamos, os gelados que passavam no tapete rolante e não eram encaixotados, caiam no chão fazendo uma pilha enorme que enfurecia o chefe de linha de produção.

Ainda assim num dos últimos anos, convidaram-me para chefe de linha de produção (se calhar era dos que adormecia menos).

Cheguei inclusivé a ser responsável (juntamente com um técnico americano contratado pela empresa) a lançar em produção um novo gelado (Winner de seu nome) que apenas vingou 2 ou 3 anos no mercado.

O seu (in)sucesso não terá muito a ver com o meu profissionalismo (digamos que simples e politicamente o marketing não o conseguiu fazer vencer), mas confesso que os operários gostavam de ficar escalados semanalmente na minha linha de produção.

Sabiam que existiam altas probabilidades de uma folga extra por ausência «forçada» do chefe de linha.

Hoje não admitiria num meu colaborador as «baldas» que na altura eu dava.

O que não siginifica, de todo, que possa admitir exclusões ou despedimentos sem qualquer cabal justificação.

quinta-feira, março 23, 2006

Melissa Auf der Maur, female rocker que Não é da Treta

Nunca neste blog me pronunciei sobre música, contudo os que me são mais próximos sabem as minhas tendências.

Sou "puro", porque fiel á "minha" sonoridade e ambiência, sou "duro", porque não sendo heavy, gosto de duro rock, desde que não FM.

Algumas female friends acusam-me de conotações machistas...

Na minha primeira abordagem sobre esta arte, escolho precisamente uma female rocker...
A New Musical Express dá-lhe 8 em 10.
Eu dou-lhe 4,5 em...5!

Melissa Auf der Maur, foi baixista dos Smashing Pumpkins (uma das bandas rock referência dos últimos 15 anos), só por aí não podia ser «mais uma».

Segundo algumas "net news" está para breve novo cd, que aguardo ansiosamente.

O cd de estreia talvez por ser de uma female rocker, admito, e também porque desiludido com os Zwan de Billy Corgan (na fase pós-Smashing Pumpkins), surpreende-me fabulasticamente (gostei e adoptei, blóguibee).

Sonoridade nada FM, dureza quanto baste, diferente, excelente baixo, bons solos, grandes batidas!
E de uma female!!!!

A minha avaliação:

1. Lightning Is My Girl - fantática abertura 4,5*
2. Followed The Waves - fabulástica 5* (2º single)
3. Real A Lie - o 1º single 4,5*
4. Head Unbound - fabulosa 5*
5. Taste You - superfabulástica 5,5*
6. I'll Be Anything You Want - boa 4*
7. Beast Of Honor -boa 4*
8. My Foggy Notion - boa 4
9. Would If I Could - calma e super 4,5*
10. Overpower Thee - too calma 4*
11. Skin Receiver - grande cavalgada 4,5*
12. I Need I Want I Will - bom final 4,5*

quarta-feira, março 15, 2006

Westerns da Treta?


Mais razões de preocupação...

O Oeste americano é para o imaginário de todos um dos símbolos do heroísmo e força do sexo masculino, e agora temos disto:

- filmes maricons e gajas armadas em bandidas??!!!

Marinheira comandanta da Treta?


Confesso que começo a ficar preocupado:

- Sargenta melhor classificada do curso

- Comandanta da GNR

E agora até temos uma Marinheira Comandanta (ver notícia completa)

Já as há em terra, agora no mar...

Que se seguirá?No ar?

Comandanta piloto de aviação? Comandanta pára-quedista?

Homenagem que Não foi da Treta





É, Jorge, até o teu clube te prestou uma homenagem verdadeiramente «acima da média».

terça-feira, março 07, 2006

Grande homem que não foi da Treta



Usava frequentemente a expressão «acima da média» com os seus colaboradores no sentido de os motivar a atingir os objectivos da empresa.

Para mim, ele estava «acima de qualquer média».

Ao longo dos anos que trabalho, existem se tanto, uma mão cheia de profissionais e colegas que me marcaram e que tomei como referência.

Jorge Antunes foi um deles.

Na minha actual empresa era mesmo a referência com a qual me identificava.

No verdadeiro conhecimento, na frontalidade, na competência, na não demagogia.

Valorizava a essência do real conhecimento e saber, em detrimento dos demagogos, ilusionistas e falsos pintores de obras-primas.

Distinguia «os tretas» dos «não tretas».

Sempre desejei trabalhar com ele, porque me identificava com a atitude, com a postura, com o realismo e pragmatismo, com a competência e conhecimento.

No início de 2005, após 5 anos de fusão das nossas empresas, surgiu a oportunidade de trabalharmos juntos e directamente na dependência dele.

Achei que iria finalmente «renascer» e potencializar-me, ganhando eu e a empresa.
Sentia que podíamos fazer muito, juntos.

Acreditava que podíamos contibuir para colocar a empresa verdadeiramente «acima da média».

Nem 2 semanas depois, uma doença que actualmente «varre» qualquer média atingiu-o impedindo-o da actividade profissional.

Resistiu pouco mais de 1 ano.

Enorme benfiquista, numa das últimas visitas fez-me sócio há menos de 2 meses.
Trouxe-me os impressos, tirei foto de telemóvel imprimi em vulgar impressora e 3 horas depois telefonava-me, congratulando-me.

A empresa ficou mais pobre.

O Benfica idem.

Eu perdi uma das referências da minha vida.

Estou tremendamente mais pobre.

( Jorge Antunes foi Director Comercial e Director de Operações na Coopertorres, e na GCT - empresa resultante da fusão da Grula, Coopertorres e Torrental).

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